sábado, 31 de maio de 2008

CAPADOCIA



A Capadocia, na Turquia, é uma região mágica cheia de formações rochosas de grande beleza. O Museu a céu aberto de Goreme é considerado Património da Humanidade pela Unesco desde 1985.


É difícil descrever esta paisagem singular formada por resíduos vulcânicos acumulados há muitos milhares de anos. A Natureza foi-lhes moldando as formas exteriores e o Homem foi construindo no seu interior casas, igrejas decoradas com frescos e cidades subterrâneas que serviram de abrigo aos antigos cristãos.


As imagens dizem muito, mas ver ao vivo este cenário de maravilha é um privilégio que não esquece.


Sorte minha. Eu eu estive lá.




Maripa

quarta-feira, 21 de maio de 2008

FLORES



Aceitem estas rosas que vos deixo,
em cada flor está um beijo meu.

Voltarei breve, Maripa

terça-feira, 20 de maio de 2008

SEIS PALAVRAS


Estava uma tarde calma... No céu as nuvens eram poucas . Sentada à beira-mar sonho que vens ver-me.Vens vestida de azul, cor que tanto gostas; trazes nos lábios um sorriso optimista e uma expressão meiga no teu rosto lindo... Uma nuvem, ciumenta do meu sonho, escurece a tarde, fazendo cair uma chuva teimosa que não quer parar... Mas a ti, minha doce e querida amiga, a chuva não mete medo e nem serve de desculpa para não vires ter comigo!
Não foi apenas sonho, não. Tu vieste! E eu matei as saudades que tinha em mim.

Maripa

Obrigada, querida Maria da Casa de Maio, pelo desafio das seis palavras.


segunda-feira, 19 de maio de 2008

ANINHADA EM MIM

Aninhada em mim,
olhos baços,
conto passos e mais passos
que fizeram meus cansaços.

Aninhada em mim,
braços lassos,
colo os pedaços, esparsos
do que fui a espaços.

Aninhada em mim
ouço os compassos
da música que me habita
e adoça os traços...

Desaninhada,
- coração em alvoroço -
recebo, como ontem,os abraços
que perpetuam nossos laços.

Maripa

sábado, 17 de maio de 2008

A CRIANÇA MAIS CARINHOSA


O amor é tudo.
É a chave da vida,e são as suas influências
que movem o mundo.

Ralph Waldo Trine

Escritor e conferencista, Leo Buscaglia contou que uma vez lhe pediram que fosse júri de um concurso. O objectivo do concurso era encontrar a criança mais carinhosa. Quem ganhou foi um menino de quatro anos, cujo vizinho do lado era um homem idoso que perdera recentemente a mulher. Ao ver o homem a chorar, o rapazinho entrou no quintal dele, subiu-lhe para o colo e ficou ali sentado. Quando a mãe lhe perguntou o que dissera ao vizinho, o rapazinho respondeu:

- Nada, só o ajudei a chorar.

Por contadores.destorias

sexta-feira, 16 de maio de 2008

...À SOMBRA

Pairam no ar aromas de Primavera
aromas de rosas, de flores silvestres.
Dentro de mim, embrulhado neles,
mão na mão
caminha o aroma dos ciprestes.

Entontecida
vou abraçar o sol
matar a sede num regato
apanhar um pézinho de alecrim.

Deito-me na terra a olhar o céu
canto baixinho uma balada
beijo em sonhos um querubim.

Pairam no ar aromas de Primavera.

Vou inspirá-los um a um
das rosas às flores silvestres
e acolher-me consolada
à sombra protectora dos ciprestes.

Maripa

sexta-feira, 9 de maio de 2008

TENTEI



Tentei
em tarde de Maio com sabor a cereja,
alisar os vincos duma alma amarrotada.

Demos o braço.
Fomos passear devagar,
porque devagar é agora o nosso passo.
Nem precisamos falar.

Pensamentos vadios a balançar
nas sombras do relógio de sol
que nos conta o tempo e a idade.
Nem precisamos falar.

Subitamente,
rompendo o silêncio:
posso fazer uma pergunta, posso?
Lá, na eternidade,
há um mar assim lindo como o nosso?

Ora, ora...Tens cada lembrança...
Parece pergunta duma alma de criança !



Maripa

terça-feira, 6 de maio de 2008

MIL VEZES



Mil vezes te pressenti
em cada madrugada
em cada nascer do Sol
em cada cair de tarde
em cada golpe de vento.

Mil vezes ouvi a tua voz
no marulhar das ondas
e espreitei o teu sorriso de arco-íris.

Mil vezes vi os teus olhos de avelã
e absorvi o teu cheiro a maresia.

Mil vezes mil sonhei que te perdia.

Maripa

O MAR e TU

O MAR e TU cantado por DULCE PONTES e ANDREA BOCELLI

segunda-feira, 5 de maio de 2008

POMBAS BRANCAS

Há palavras esquivas, ariscas,
escondidas na penumbra do tempo
- do meu tempo -
querendo pular ondas no mar.

Quem sabe, um dia,
numa maré alta dêem à praia
no corpo de pombas brancas.

Pombas brancas ansiosas de voar.

Maripa

domingo, 4 de maio de 2008

QUANDO EU NASCI

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu
nem houve estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enloqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos da minha mãe...

Sebastião da Gama

sábado, 3 de maio de 2008

VELHO BAÚ




No sotão do pensamento
guardo um velho baú
enfeitado com tachinhas de latão.
Quantas vezes o procuro
para me poder encontrar
e acalmar o coração!

Dentro dele numa completa desordem
misturam-se pedaços duma vida:

Résteas de sol, tranças de luar,
balões coloridos, fitas acetinadas,
palavras ditas, outras por dizer,
conchas e búzios apanhados
numa tarde à beira-mar...

Numa completa desordem
misturam-se pedaços duma vida:

flores secas, choros mansos,
lápis de cor, botões de madrepérola,
silêncios, vozes a sussurrar,
chilreios de pardais que pousavam na varanda,
passos e gargalhadas infantis,
caixinhas de porcelana
com poeiras bordadas a matiz...

No sotão do pensamento
no interior do velho baú
sons e aromas doces dão a mão.

As tachinhas amarelas
mais brilhantes e luzentes
parece que cantam alto
tornando mais cheio e forte
o bater do coração.

Quantas vezes o procuro...

Maripa

sexta-feira, 2 de maio de 2008

ARCO-ÍRIS




Dá-me a tua mão,amor
leva-me contigo,ensina-me a voar!


Leva-me contigo
sobre campos rubros de papoilas,
encostas coloridas de amarelo,
prados atapetados de verde,
sobre o azul do mar!

Nas nuvens
agarrarei o alaranjado
de todo o sol poente,
o anil dos canteiros
de miosótis em flor,
o violeta dos mantos
de todos os cristos
crucificados por amor!


Leva-me contigo, ensina-me a voar...



Maripa

quinta-feira, 1 de maio de 2008

REZA DA MANHÃ DE MAIO


Senhor, dai-me a inocência dos animais
para que eu possa beber nesta manhã
a harmonia e a força das coisas naturais.

Apagai a máscara vazia e vã
de humanidade
apagai a vaidade,
para que eu me perca e me dissolva
na perfeição da manhã
e para que o vento me devolva
a parte de mim que vive
à beira dum jardim que só eu tive.

Sophia de Mello Breyner Andresen