terça-feira, 9 de setembro de 2008

ALFONS MUCHA






Porque aprecio muito A. MUCHA , o meu pequeno tributo à sua arte.

ALFONS MARIA MUCHA ( Ivancice, Morávia, 24 de Julho de 1860 - Praga, 14 de Julho de 1939)

Ilustrador e designer gráfico, pintor e escultor tcheco, um dos principais nomes do movimento Art Nouveau. Seu talento como desenhista revelou-se desde a infância e o seu primeiro trabalho artístico, A Crucificação, foi feito aos oito anos. Apesar de todo o seu talento Mucha não conseguiu matricular-se na Academia de Belas Artes de Praga e foi tentar a sorte na Áustria. Com 19 anos, obteve o seu primeiro emprego como pintor de cenários na Ópera de Viena. Nas horas vagas, para reforçar o seu orçamento, ele pintava retratos. Sua fama de excelente pintor valeu-lhe um emprego com o conde Khuen Belasi que encomendou uma série de murais para o seu palácio. Durante cinco anos Mucha trabalhou para a família Belasi. Graças ao mecenato obtido de seus empregadores ele conseguiu estudar na Academia de Arte de Munique e posteriormente, concluiu os seus estudos em Paris, nas Academias Julien e Colarossi.

Mucha já era um ilustrador de renome quando a sorte bateu à sua porta. Durante os feriados de Natal e Ano Novo de 1894, ele era o único artista de plantão na tipografia Lemercier quando foi procurado por Sarah Bernhardt. A famosa actriz necessitava de um poster para a divulgação de Gismonda, a sua nova peça teatral. Mucha não hesitou em atender o pedido urgente da divina Sarah e criou o poster.

A obra fascinou todos, com o seu formato verticalizado, os subtis tons pastel e o efeito de auréola sobre a cabeça da personagem. Estes passaram a ser os elementos característicos dos posters de Mucha, adorados pelos parisienses. Sarah Bernhardt ofereceu ao pintor um contrato exclusivo com a gráfica Champenois para produzir materiais comerciais e decorativos. Dessa parceria iriam nascer os famosos cartões postais, cardápios para restaurantes e peças promocionais do Champagne Moet & Chandon. O poster Gismonda inaugurou o " estilo Mucha", tranformando o seu autor no expoente máximo da Art Nouveau parisiense.

Apesar do artista ter sido obrigado a deixar o seu país de origem para desenvolver a sua carreira artística, ele sempre se manteve fiel às suas raízes. Depois de viver anos em Viena, Munique, Paris e nos Estados Unidos, Alfons Mucha regressou à Boémia em 1910. Ele foi dar início a um projecto que iria ocupar o resto da sua vida. A criação de uma obra épica, um monumento comemorativo às lutas e vitórias do povo eslavo.

Enquanto criava as vinte pinturas que viriam a compor o conjunto da Épica Eslava, Mucha sempre encontrava tempo para se dedicar a pequenos trabalhos, tais como desenhar os selos e as cédulas da nova moeda que seriam utilizadas pela recém proclamada República da Tchecoslováquia. Foi nesse período que nasceram das mãos do artista as pinturas que serviram de modelo para a confecção dos vitrais da Catedral de São Vito.

4 comentários:

  1. Excelente post informativo.
    Obrigado pela partilha, eu não conhecia...
    Beijinhos.

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  2. gostei de ler, confesso que fiquei informada sobre algo que desconhecia....

    beij

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  3. gostei de saber.
    conhecia algumas obras mas desconhecia o autor.
    muito bonitas! obrigada pela divulgação.

    um beijo
    luísa

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.