...sem chuva, se possível, porque vou de passeio.
sábado, 29 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
DENTRO DE MIM UM CAMPO DE GIRASSÓIS
Vou aprender a pintar um girassol
dentro de mim...
Não quero ficar de mãos paradas
- olhando a chuva cair -
só porque se me acabaram as palavras.
Cada pétala, um cântico breve,
uma gota de luz,
uma gota de cor,
uma gota de vida
à espera do sol do meio-dia
no céu, em azul, a abrir...
Vou aprender a pintar um campo de girassóis
dentro de mim...
Maripa
Imagem da net
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
tive um sonho
tenho-o por vezes! o mesmo sonho...
mergulho no mar em trajes brancos e leves. ondulantes no caminho das águas. no meu sonho há flores que me circundam. algas que se embrulham com os meus cabelos fazendo-os mudar de tom. e, neste meu sonho, permaneço submersa sem me faltar o ar que de dia me foge. neste sonho não sou sereia. não quero! quero ser mulher. bailar com braços e pernas. abraçar a água a meu belo prazer como te abraçaria a ti. engraçado! agora reparei que sonho este sonho desde que te vi.
Luisa
A Pin, deixou-me este poema num comentário. É tão lindo que achei que era uma pena ficar escondido...Pedi-lhe se o podia transcrever e com simpatia e delicadeza anuiu, logo.
Obrigada. Flores para ti, minha querida.
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Luisa Azevedo
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
DOMINGOS ANTÓNIO
Nota Biográfica
Domingos António tem apena 31 anos. Nasceu em Pittsburgh, na Pennsylvania, nos Estados Unidos da América, em 1977. É filho de pai português e de mãe italiana. Começou a tocar piano aos 7 anos de idade na sua cidade natal. Aos 13 anos, os seus professores americanos, apercebendo-se do seu virtuosismo, sugeriram que continuasse os seus estudos em Moscovo.
Em 1991, com 14 anos, ingressou no colégio académico de música associado ao conservatório " P. I. Tschaikovsky".
Em 1995 ganhou o 3º prémio no 1º concurso internacional para jovens pianistas " Vladimir Horowitz" em Kiev na Ucrânia.
Em 1996 ingressou no Conservatório Estatal "P. I. Tchaikovsky" em Moscovo, onde concluiu o curso em 2001, sob a orientação do Professor Dmitriy Sakharov, com a classificação máxima.
Em Portugal, onde passou a residir recentemente, tem dado concertos por todo o país, registando já uma assinalável carreira internacional.
É um nome a fixar. Que mãos!
Pena não saber o nome da peça sinfónica que interpreta...
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sábado, 15 de novembro de 2008
JARDIM SUBMERSO
No mar alto, lá longe onde há mais mar,
hei-de plantar um jardim de sonhos inacabados.
Jardim submerso
onde as flores serão peixes-voadores
de olhos aguados
e peixes-lua em fase de poesia.
Jardim submerso
onde serei peixe-flor, peixe-mulher
vestida de palavras
a nadar de verso em verso
enquanto o mar me quiser.
Maripa
Imagem de Lauri blank
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quinta-feira, 13 de novembro de 2008
BILHETE-POSTAL
Minha querida Pitanga: Hoje fiquei a saber que o teu nome científico é Eugenia Uniflora Linn... Bonito nome! Nome de árvore... Pitanga do Brasil , Pitangueira, Eugenia Uniflora L.
Curiosa, dispus-me a procurar mais informações e soube que:
" Pitanga é uma palavra proveniente da língua tupi que quer dizer vermelho-rubro. E ela é, de fato, fruta vermelha, rubra, roxa, às vezes quase preta, gostosa de se comer, refrescante, refrigerante. Como se dizia há muito tempo atrás "grande calmante do sangue".
O sabor adocicado da polpa da pitanga, levemente ácido e de perfume característico próprio, tem lugar certo no paladar brasileiro. Sua imagem delicada, sua forma arredondada de gomos sutis e sua vermelhidão exagerada são símbolos da terra.
Originária do Brasil, a pitanga encontra-se país afora, espalhando-se desde o Nordeste até ao Rio Grande do Sul, ultrapassando fronteiras para chegar até algumas regiões do Uruguai e da Argentina.
A floração da pitangueira é abundante, branca e perfumada.
Além de consumi-la fartamente in natura, com o sabor da pitanga o brasileiro criou inúmeras receitas de sucos, refrescos, geleias e doces, além do famoso "licor ou cognac de pitanga"ao qual se atribuem propriedades afrodisíacas. Este último, também conhecido como "cognac tropical" e cuja receita ficou imortalizada no livro "Açucar" do pernambucano Gilberto Freyre............."
Desculpa, Pitanguinha, ter ido "remexer" na tua árvore... Se houver incorrecções diz-me para eu as poder emendar...
Assim que tiver um tempinho passo pelo Jardim Botânico para visitar a tua amiga e saber se deu flor... Depois sento-me à sua sombra e conto-lhe das tuas saudades. Já sei que me vai pedir que te leve lá da próxima vez que vieres...
Até lá, um beijo com muito carinho da
Maripa
Texto e imagem da net
terça-feira, 11 de novembro de 2008
GREEN GOD
Trazia consigo a graça
das fontes quando anoitece.
Era um corpo como um rio
em sereno desafio
com as margens quando desce.
Andava como quem passa
sem ter tempo de parar.
Ervas nasciam dos passos,
cresciam troncos dos braços
quando os erguia no ar.
Sorria como quem dança.
E desfolhava ao dançar
o corpo, que lhe tremia
num ritmo que ele sabia
que os deuses devem usar.
E seguia o seu caminho,
porque era um deus que passava.
Alheio a tudo o que via,
enleado na melodia
duma flauta que tocava.
Eugénio de Andrade
Imagem de Lauri Blank
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Eugénio de andrade
sábado, 8 de novembro de 2008
QUANDO ESVAZIO O RIO DA TRISTEZA
Quando esvazio o rio da tristeza
sou outra.
Sou outra em mim
a distrair a vida
nas margens das noites longas.
Quando esvazio o rio da tristeza
sou outra.
Mulher - palhaço
funambulista na corda da lua
ilusionista no palco da terra
malabarista do sol e do ar.
Quando esvazio o rio da tristeza
Sou outra.
Trapezista no circo das horas
e
domadora do mar.
Maripa
Imagem de Joanne Mcgee
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008
HOJE É DIA DE CECÍLIA
Cecília Meireles
1901 - 1964
Hoje é dia de Cecília é uma blogagem colectiva, iniciativa de Leonor Cordeiro do blog leonorcordeiro.blogspot.com.
Hoje, 7 de Novembro, seria o dia de aniversário da escritora e poetisa brasileira, nascida no Rio de Janeiro.
Nas suas obras estão bem patentes o amor, a eternidade, o tempo e a saudade numa associação entre o lirismo espontâneo e o pendor filosófico.
Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois abri o mar com as mãos
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colora as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite curva-se de frio;
debaixo da água vai morrendo,
meu sonho dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois tudo estará perfeito;
praia lisa,águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Cecília Meireles
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Cecília Meireles
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei às romãs a cor do lume.
Eugénio de Andrade
Imagem de José Sarmento
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terça-feira, 4 de novembro de 2008
FADO PARA UM AMOR AUSENTE
Fado para um amor ausente
Meu amor disse que eu tinha
Uns olhos como gaivotas
E uma boca onde começa
O mar de todas as rotas
Assim falou meu amor
Assim falou ele um dia
E desde então fico à espera
Que seja com dizia
Sei que ele um dia virá
Assim muito de repente
Como se o mar e o vento
Nascessem dentro da gente
Poema de Manuel Alegre
Fado cantado por José Afonso
com música de António Portugal
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Manuel Alegre
domingo, 2 de novembro de 2008
EM TODOS OS JARDINS
Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
Sophia de Mello Breyner
Imagem de Anke Merzbach
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sábado, 1 de novembro de 2008
PERDI-TE ROSA - LUAR
Chamei-te rosa - luar
cântico da noite
desassossego de pétalas
em lento desabrochar.
Quis-te rosa sem espinhos
flor orvalhada
enfeite de marés
que foram minhas.
Perdi-te rosa - poente
pétala
a
pétala
caindo
em
chuva
de
silêncios
no mar onde descanso
lágrimas filhas da dor
paridas em choro manso.
Perdi-te rosa - luar
no caminho da névoa
na procura de mais mar.
Maripa
Imagem de Nadya Kulagina
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