sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

QUANDO UM HOMEM QUISER



Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e combóios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu amigo irmão
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher


Ary dos Santos

Pintura de Josefa de Óbidos


"Natal é quando nasce uma vida a amanhecer"...

Falta muito pouco para voltar a ser avó e é com ternura [e alguma ansiedade] que espero este amanhecer...


NATAL FELIZ
QUE O DEUS MENINO NOS ABENÇOE A TODOS
E DÊ MUITA LUZ, PAZ, HARMONIA E AMOR NO CORAÇÃO.



[Blog em descanso...]

2 comentários:

  1. Olá Maripa

    Senti paz, quando aqui entrei!

    Natal será sempre que quisermos!

    Silent Night...uma música eterna!

    Festas Felizes!

    Um beijo enorme com amizade e carinho.

    Lisa

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  2. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.