segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CONSTRUÇÕES




Prendo-me a uma coisa simples. Pode
ser o teu rosto naquele vidro, que eu vi
e não mais esqueci.

Faço do tempo um parapeito. E
debruço-me nele, à tua espera, sentindo
na madeira o calor do teu peito.

Ergo na areia um castelo de enigmas. E
fecho-te na tua torre, a castelã que me ensinou
a entrar sem saber por onde sair.

(Mas para que hei-de sair
de onde quero ficar?)


Nuno Júdice


Imagem: Kim Nelson

6 comentários:

  1. São as coisas simples as que nos deveríamos prender.
    Está lindo o teu cantinho
    beijinhos

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  2. Olá Maripa

    O simples é que me prende!

    Belo poema!
    Parabéns pela escolha e partilha.

    Bjs.

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  3. A belíssima poesia de Nuno Júdice.

    "Para que hei-de sair
    de onde quero ficar?"

    Um beijo com amizade, Maripa.

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  4. Então ficamos. Quem sabe não é a hora de ficar? Só um pouquinho...

    boa noite amiga

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  5. Que lindo!

    Que fique e continue nos encantando! Grande Poeta!

    Suas escolha foi magnífica!

    Beijos com meu carinho

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.