sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

DEIXO-ME LEVAR...



Deixo-me levar... Piso o chão sem o ver.
Quase levito. Quase nem me sinto.
Sinto o aroma dos que foram para longe
e deixaram a pairar no ar o perfume
de açucenas e amores-perfeitos
de murmúrios incessantes
de esvoaçares de asas
de saudades.

Percorro, instante a instante,
a suave lonjura da ternura
e colho dos frutos o sabor inocente
da luz prometida.
Ouço o rumor dos passos a ecoar
pelos espaços vazios.

Deixo-me levar...
Um débil silêncio enrola-se no meu desencanto
enquanto as flores que desfolho devagar
caem em fio no arrepio da ausência.


Maripa


Imagem: Helen Breznik

6 comentários:

  1. Olá Maripa

    Amei o poema!
    Parabéns!

    Deixo-me levar pelo sonho,saudades...

    Bjs.

    Lisa

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  2. *
    belissiiiiimo,
    ,
    deixo-me levar,
    por uma simples flor,
    ,
    conchinhas,
    *

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  3. Preciso de colo.

    beijos e vai seguir mail.

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  4. __________________________________


    ...lindo! Como sempre, uma aula de sensibilidade...


    Beijos de luz e o meu carinho IMENSO!!!

    Feliz 2010, amiga!


    ______________________________

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  5. És uma amiga muito querida.

    beijos de boa noite.

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  6. Ah, e o post já está surtindo efeito...

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.