segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ERA O TEMPO ...




Era o tempo dos dedos ágeis,
das linhas brancas brancas e frágeis,
da luz acesa no tarde da noite,
do sono vagabundo, dono e senhor,do lume das horas.

Era o tempo de fantasias brancas raiadas de azul
a perseguir as manhãs.

Era o tempo de agulhas dançarinas
tecerem pontos cruzados,
em coreografias rendilhadas,
na inquietude do silêncio.

Era o tempo...


Maripa

Imagem: Airi Pung

11 comentários:

  1. É o tempo ... de tecer palavras, em coreografias rendilhadas de fantasia.
    Magnífico poema, Maripa.
    Um beijo e um bom 2010.

    ResponderEliminar
  2. Querida Maripa...
    Para mim é tempo de dizer que as suas palavras são do mais puro encanto. São rendas que tecidas com carinho e amor nos faz adimira-la a cada dia mais.

    Um beijo carinhoso

    ResponderEliminar
  3. Olá Maripa

    Era o tempo que não volta mas recordamos, mas é sempre o tempo de ler mais um belo poema seu!

    Obrigada por mais um soberbo poema.

    Bjs.

    Lisa

    ResponderEliminar
  4. Estás presa no tempo, minha amiga?
    Os dedos ainda são ágeis. Se não na renda, no teclado.

    beijos da amiga de cá.

    Viste "o resultado"?

    ResponderEliminar
  5. Que bom poder comentar novamente em seu blog! Aproveito para lhe desejar um excelente 2010! Saúde e paz!
    Era o tempo... É o tempo, tudo tem seu tempo e sua vez, bom ou não eu não sei, mas sei que viver é assim! Um beijo!

    ResponderEliminar
  6. Este poema é uma excelente homenagem à renda de bilros (presumo) e às mulheres artífices que com tanto sacrifício conseguiam (e algumas ainda conseguem) fazer verdadeiras obras de arte.
    Parabéns pela abordagem e pela qualidade poética das tuas palavras.
    Gostei imenso.
    Beijos, querida amiga do peito.

    ResponderEliminar
  7. *
    belissimo,
    ,
    é o tempo
    dos recortes orientais,
    sem brancuras sonhadores,
    sem anilados enlevos,
    sem bilros rendilhados,
    sem tacteares carinhosos,
    ,
    conchinhas, ficam,
    ,
    *

    ResponderEliminar
  8. Há alguém a tocar a campanhia. Deve ser o carteiro.

    boa noite amiga

    ResponderEliminar
  9. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  10. Estou encantada!
    Grata.
    Te amo.
    Malu

    ResponderEliminar


"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.