segunda-feira, 1 de março de 2010

NATUREZA MORTA



O livro aberto, esquecido, sobre a mesa
olha as rosas esquecidas numa jarra.
Dói-lhe ver as pétalas a cair ao desamparo...
É raro estar atento, mas hoje vive o som
e a arritmia de notas soltas [meio confusas]
do piano desafinado ,mesmo ali, na sala ao lado.
E com a janela semi-aberta
consegue ver a lua bem desperta a transbordar
de fantasmas vestidos com lençóis de luar.

O pingar de um chapéu de chuva junto à porta
diz-lhe que a tela que desenhou
nada tem de natureza morta.


Maripa

Imagem: I. Anton

9 comentários:

  1. Coisa mais linda, Maripa!
    Sensibilidade, ternura, momento... Lindo, perfeitamente casado com a linda foto.
    Beijos

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  2. Os pingos da chuva mostram a natureza pulsante da alma poeta!

    Beijos com meu carinho

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  3. Um dia "roubo-te" palavras tuas para a minha/nossa Casa, gosto tanto!:)

    Beijinho*

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  4. Nada tem de morta essa natureza. Então se forem dois a correr sob os pingos da chuva, é só vida!

    beijos amiga

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  5. *
    bem vivas são as tuas palavras
    grandes marés despertas,
    como luar de Janeiro . . .
    ,
    Conchinhas,
    ,
    *

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  6. Olá Maripa

    Natureza VIVA!

    As tuas palavras são vida!

    Bjs.

    Lisa

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  7. Natureza viva, a das palavras que nascem da tua sensibilidade!
    É bom vir bebê-las e sentir toda a beleza que espalhas.
    Um beijo grande, Maripa.

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  8. A tua poesia continua sublime.
    És uma natureza viva, da qual gosto.
    Bom fim de semana, querida amiga.
    Aquele abraço e um beijo.

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.