segunda-feira, 30 de maio de 2011

DE TANTO CHAMAMENTO


Caminho de encontro ao entardecer
com a língua salgada de incendiar
a paisagem de quantos verões
me couberam na boca.
A curva do meu riso indicia o sul da mágoa.
Tenho um barco tatuado nos ossos
e os braços, quase enfermos,
de tanto chamamento.
No próximo verão, hei-de vestir-me de branco,
para que os veleiros avistem a solidão do meu olhar.


Graça Pires

in "Uma certa forma de errância"

2 comentários:

  1. Vesti-me de branco no Verão passado e atendi a todos os chamamentos. Todos!E que bem que fiz!

    Beijos amiga.

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  2. .

    .

    . que bom re.encontrá.la passado tanto tempo . bem e de boa saúde .

    .

    . saúdo.A,,, maripa .

    .

    . um beijinho, o de sempre .

    .

    . paulo .

    .

    .

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.