Quando fores ao sol
leva-me contigo.
Quero pousar o rosto
sobre aquela montanha
para que o poente
aconteça nos meus olhos fechados
até ao outro dia de manhã.
Durante o sono inventarei
meu corpo de terra
meu sangue de sol
e um berlinde irisado
para matar a sede às andorinhas.
Vou criar um signo de pólen vivo
para levar às flores deste refúgio
onde só as heras compreendem as minhas mãos,
um signo de gestos inconformados
para fazer ternura,
outro de sons ousadamente despidos
para dizer: amigo.
Lucília Andrade
Imagem de Maggie Taylor
A natureza em ação...
ResponderEliminarTenha uma ótima semana!
Um beijo com o meu carinho