quinta-feira, 26 de abril de 2012

BREVE POEMA MARÍTIMO





No remanso de
teus olhos
navego.

Na mansidão da tua
voz recrio memórias
de marés.

Na avidez de tuas
mãos recomeço todas
as travessias.

Mar e promontório,
barco e ancoradouro,
água marinha, neblina
e ventos,
armadilha de ondas em
aspereza de espumas,
teu corpo é calmaria
e tempestade neste
absurdo oceano
em que me afogo.



Carlos Alberto Jales

Imagens: Google