quarta-feira, 11 de abril de 2012

A QUEDA




Sobrevive-se a tudo
ou quase tudo,
ao vento assobiando nos ciprestes,
à tempestade aquartelada
nos teus olhos,
às indecisões do teu corpo.
Tudo,
ou quase tudo,
apenas à queda da magnólia,
não.

Nunca nenhuma flor
sobreviveu.



Alexandra Malheiro

Imagem: Malena