domingo, 5 de agosto de 2012

ONDE TU ESTÁS É SEMPRE O FIM DO MUNDO






Procurar de ti mais do que a poesia,
as coisas que sobram vastamente do teu olhar.

Saber, se soubesses
como amo o que fica em mim dos teus olhos,
esse incorruptível cheiro que fico sorvendo
até a noite enfim me adormecer.

Pudessem os meus olhos repousar
cansados já que são da luz do dia,
no interior das tuas mãos cerradas
e nelas permanecer até
ao quebrar do dia e em ti,
por fim, anoitecer.




Alexandra Malheiro

Imagens: Vicente Romero Redondo