Morre-se de noite enquanto os dias
se embriagam de flores azuis.
Lá fora o mar estremece de espuma e cio
sobre as rochas.
Se eu abrisse a portada talvez alguém mastigasse
o sofrimento com dentes de fogo
e eu amachucasse, no interior das minhas mãos,
o terrível som do silêncio.
Alexandra Malheiro
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