quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

COMO VELA ACESA





Como vela acesa
que ilumina se gasta
e desgasta no tempo

como linha que borda
os passos, o compasso
da vida imperfeita

como laço que laça
e deslaça na noite

como tecido de seda
que veste o pensamento
sem nexo no dia usado

como olhar que mendiga
o reflexo da luz do luar

como pássaro perdido
voando no céu
              sem ter
                      onde pousar.


Como eu a rezar...


Maripa

Imagens Google





6 comentários:

  1. Os anos passam e vamos envelhecendo. Mas nem por isso devemos pensar que estamos acabados. Ainda temos muito para viver e aprender...
    Belo poema, gostei imenso.
    Bom domingo e boa semana, querida amiga Maripa.
    E um Bom Ano (penso que me esqueci de ti... desculpa).
    Beijo.

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    1. Que bom ler-te, querido e nunca esquecido Nilson.
      Envelhecemos sim,mas tu és um menino ao pé de mim!

      Aprender,sempre. Temos tanto ainda para aprender! A idade não me preocupa desde que tenha um pouco de saúde e interesse pelo que me rodeia .

      Bom Ano também para ti, com tudo de bom: saúde, amor e paz , interior e exterior. Penso que são os melhores bens que podemos ter nas nossas vidas.

      Um abraço com muito carinho,meu amigo.


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  2. Muito bonito!

    Dá orgulho ter uma avó assim (sempre deu)!

    Muitos beijinhos.

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  3. Meu querido neto do coração!

    Nem calculas o gosto que tive ao ver-te aqui no "meu mar"... A tua avó é que sempre se orgulhou de ti e tu sabe-lo bem. Apesar de longe , tenho-te sempre comigo,por isso me sinto sempre perto de ti.
    Tenho os olhos molhados de saudade.

    Beijinho grande. Amo-te muito.



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  4. Menina dos olhos sábios e dos cabelos de prata

    ainda não tinha lido este poema, tão belo.

    gostei muito!

    :)

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    1. Bem hajas querida Pi, pelas tuas palavras lisonjeiras e sempre amigas.

      Sinto-me bem quando me chamas de menina :))

      Beijinho, minha flor.

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.