quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

DE DENTRO







Há uma noite dentro da noite,
dentro de mim, dentro do peito.
Há um grito dentro do silêncio
que engole a noite dentro de mim.
Há um gigante dentro dos olhos,
dentro da boca, dentro das palavras.
Há um segredo dentro das mãos
que tecem a noite dentro do poema.
Há um poema a morrer de escuridão
dentro do poema, dentro do fogo.
Há um deserto a florir de dentro.


Ruth Ministro
Imagens : GOOGLE









7 comentários:

  1. Querida Maripa, tenho alguma dificuldade em comentar este intenso e doloroso poema.
    A foto da rosa, faz-me pensar que apesar dos pesares ainda há esperança.

    Um beijinho comovido

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    1. Fê querida.este é um poema intenso que deve ter nascido "de dentro", num momento doloroso.
      Sempre que o leio os meus silêncios ficam a habitá-lo.
      Na palavra florir creio que há uma réstia de esperança. Pensei que uma rosa daria alguma luz à noite.

      Beijinho muito amigo.

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  2. Dentro da noite, dentro do silêncio, dentro das palavras, dentro das mãos há um mar de espanto...
    Tão belo este poema!
    Beijos, Maripa.

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    1. Graça querida,gosto muito deste poema e também o acho muito belo.
      Desde há algum tempo que sempre que o leio me sinto dentro dele...

      Beijinhos,minha amiga.

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  3. Um beijinho minha querida amiga com o desejo que esteja bem!

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    1. Beijinho para si,com todo o carinho.

      Bem haja pela sua atenção e amizade.

      Estou um pouco invernosa...

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.