terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

E, SABES...






E, sabes...

...é como se o inverno
se enroscasse em mim.
Como se o frio e o vento
de mão dada, entrelaçada,
numa ternura de abandono desfeito
                             [ao mesmo tempo]
         fizessem morada no meu peito;

 quando das nuvens nascem lagos
                            [chove-me dentro]
e quando a tua ausência se estende
                  mais o inverno me prende
                         à flor dos teus afagos.



Maripa

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