No inverno ...
No inverno dos
meus sentires
e quereres por
cumprir
percorrem-me
cores de outono
e licores de
sol posto.
Sem se
perturbarem
vagueiam em
mim
dão-me asas
esquentam-me
e pintam -me
no rosto
descorado
tatuagens de
cor.
No inverno dos
meus sentires
a chuva cai
embriagada
e escorre
como se fossem
lágrimas
pelas rugas
_meninas dos
meus olhos_.
Não sinto dor.
Não sou sempre flor.
Sinto-me viva no inverno
dos meus quereres por cumprir.
Maripa [publicado num outro inverno...]