terça-feira, 8 de abril de 2014

... E SEMPRE A CULPA




... e sempre a culpa


Era a mágoa dobrada ao seu destino.
Era o lençol de pranto e emoção
a crescer , a crescer em desatino.
e a culpa, a cirandar devagarinho,
a germinar no húmus da razão.

E no meu céu não houve mais azul...
E no meu chão nenhuma flor nasceu.
Perdi o rasto à asa em rota sul.
Perdi-me nas escarpas do meu eu.

E a culpa
... e sempre a culpa
               a remoer, sem fim.
E o choro...
... e sempre o choro
               a chuvinhar em mim.


M.L. Mercês de Mello

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