... e sempre a culpa
Era a mágoa dobrada ao seu destino.
Era o lençol de pranto e emoção
a crescer , a crescer em desatino.
e a culpa, a cirandar devagarinho,
a germinar no húmus da razão.
E no meu céu não houve mais azul...
E no meu chão nenhuma flor nasceu.
Perdi o rasto à asa em rota sul.
Perdi-me nas escarpas do meu eu.
E a culpa
... e sempre a culpa
a remoer, sem fim.
E o choro...
... e sempre o choro
a chuvinhar em mim.
M.L. Mercês de Mello
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