sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

PONTA DA MADRUGADA


Hoje, casualmente, quando andava a arrumar uns livros para arranjar espaço para mais uns, passou-me pelas mãos o livro de crónicas "Um dia atrás do outro" de Laurinda Alves. Abrio-o e não resisti a ler de novo a primeira...tinha estado ali na Ponta da Madrugada mais do que uma vez... que saudades senti!


"Ali onde o sol nasce silencioso, inundando o mundo de uma luz púrpura e líquida, onde o mar permanece adormecido, onde a manhã se anuncia em cada dia como se fosse a primeira e onde tudo é tão perfeito e luminoso, apetece ficar para sempre.
Mudos e quietos como o mar àquela hora.
Apetece demorar naquela ponta da ilha onde os pássaros cruzam o céu em voos secretos, apenas denunciados pelo barulho acelarado das asas quando mudam de rumo. Apetece pairar como eles e ver aquele lugar de cima, a pique, numa vertigem de azul infinito, numa ilusão de paz eterna.
......................
Se calhar nunca mais volto a sentar-me no muro de pedra da Ponta da Madrugada, mas não faz mal, pois agora conheço um caminho seguro para lá voltar."

Laurinda Alves



Quem tem o privilégio de conhecer os Açores nunca mais os esquece. As belezas naturais são tantas que nunca mais se apagam da nossa memória.

Sorte minha. Eu estive lá.

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.