Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. O microscópio e o teslescópio são extensões da vista; o telefone é o prolongamento da voz; seguem-se o arado e a espada, extensões do seu braço. Mas o livro é outa coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação.
Em "César e Cleópatra" de Shaw, quando se fala da biblioteca de Alexandria, diz-se que ela é a memória da humanidade. O livro é isso e também algo mais: a imaginação. Pois o que é o nosso passado senão uma série de sonhos? Que diferença pode haver entre recordar sonhos e recordar o passado? Tal é a função que o livro realiza.
(...)Se lemos um livro antigo, é como se lêssemos todo o tempo que transcorreu até nós desde o dia em que ele foi escrito. Por isso convém manter o culto do livro. O livro pode estar cheio de coisas erradas, podemos não estar de acordo com as opiniões do autor, mas mesmo assim conserva alguma coisa de sagrado, algo de divino, não para ser objecto de respeito supersticioso, mas para que o abordemos com o desejo de encontrar felicidade, de encontrar sabedoria.
Jorge Luís Borges, "Ensaio : O Livro"
um belo pensamento que também tu me proporcionaste
ResponderEliminarboa semana
beijos com carinho
Linda homenagem ao Livro
ResponderEliminarMuito bem.
ResponderEliminarUm livro é tanto...
Beijinho*
Que esse ensaio possa se tornar peça de sucesso, tendo o livro como protagonista..
ResponderEliminardias lindos,flor
beijos
Olá!
ResponderEliminarObrigada pelo carinho e pelas palavras doces! Elas devem combinar com você!
O livro é magia grande, portal de dimensões paralelas e o homem não saberia viver sem ele. Eu tenho imenso respeito pelos livros.
Um beijo!