sábado, 31 de março de 2012







Morre-se de noite enquanto os dias
se embriagam de flores azuis.


Lá fora o mar estremece de espuma e cio
sobre as rochas.
Se eu abrisse a portada talvez alguém mastigasse
o sofrimento com dentes de fogo
e eu amachucasse, no interior das minhas mãos,
o terrível som do silêncio.




Alexandra Malheiro

Imagem: dreamstime.com