Não é o restolhar do vento.
É a tua lembrança
que se ergue em mim.
Não é a rosa do sol a esfolhar-se.
É a minha boca - sede e romã -
que sangra na tarde.
Não é a noite que desce.
É a sombra dos teus olhos
a fechar o horizonte.
Luísa Dacosta
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