Em cada noite me apago e
me perco num labirinto de frases
silenciosas.
A cada respiro,
enigmas por decifrar e
perguntas saídas do esquecimento
fazem ninho no beiral do meu peito.
E é de um chão atapetado de musgo e
heras
que vejo o mundo fugir à velocidade
de um suspiro.
Em cada dia me acendo
no fruto maduro das manhãs e
no deus que mata a sede do meu grito.
E é quase morrendo
que voo de sonho em sonho e
me sonho cotovia, asas de primavera,
pássaro leve cor do infinito.
Em cada noite me apago.
Em cada dia me acendo.
Maripa