sábado, 2 de outubro de 2021

FOLHAS DE OUTONO

 

Photo by Mick Anderson


Folhas de outono


Folhas errantes de outono

com tonalidades de amor

e sinfonias orquestrais de vento...

 

Folhas, pássaros vagueantes,

ondulando sem rumo, ao som

de um adágio cantabile

de uma balada sentimental

de uma sonata

                 em largo andamento.

 

Folhas itinerantes de outono

que voando ao sabor do vento

cantam e choram dentro de mim;

 

deixem-no soprar marés cheias de música,

para que tenha um dia branco,

                                    balançado

com intermezzos de puro encantamento.


Maripa



Autumn Leaves, é o nome em inglês da canção composta em França em 1945, "Les feuilles mortes" (literalmente "As folhas mortas"), com música de Joseph Kosma e letra do poeta Jacques Prévert. Esta é a versão de J.M Armenta.


7 comentários:

  1. No outono soltamos ao vento cada angústia que nos fere o pensamento. As folhas cor de mel hão-de ser a mais legítima emoção.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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    1. Noutros tempos o outono era a minha estação preferida... Tudo mudou e o outono também, as folhas começaram ainda no verão. Fruto das alterações climáticas, dizem... mas as cores das folhas são um encanto para os olhos.

      Abraço Amigo.

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  2. Querida amiga Maripa,
    O outono, tem por vezes as cores do lamento,
    que se soltam ao sabor do vento.
    Desejo-lhe minha amiga, esse dia branco, sereno, embalada por essa doce melodia, que aquece a alma.

    Grande beijinho, com o desejo de uma semana feliz e com saúde.

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  3. Minha querida FÊ, outrora, gostava muito do outono. Agora parece que tenho sempre frio, as minhas alterações climáticas instalaram-se em mim e não há doces melodias que me aqueçam!

    Beijinho,minha flor e tudo de bom.

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  4. Uma poesia belíssima, da Sua autoria, que fala de tantos outonos, de uma imensidão de outonos resultantes de uma vida quase inteira de contemplação, de um respirar certo mas por vezes incerto.

    Nas folhas de outono, depositamos memórias esvaídas na passagem do tempo, mas nelas, convidamo-nos a um período mais introspetivo onde também reside a saudade.

    Não há frio que nos apoquente quando temos um peito em arco aberto onde a alma se refugia.

    Um beijo meu.

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    1. Gostava tanto de lhe responder como merece... emociono-me sempre com as suas palavras, meu querido amigo.
      Sim, há uma vida quase inteira de respirares umas vezes de sufoco, outras em que olho o alto com o coração feliz. Estou perto do fim do meu caminhar, mas desejo "o meu peito em arco aberto" sempre, tal como sinto o seu.

      Bem haja... pelo seu carinho que eu retribuo com o meu e com o meu abraço.

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.