Se for possível, manda-me dizer:
- É lua cheia. A casa está vazia -
manda-me dizer, e o paraíso
há- de ficar mais perto, e mais recente
me há- de parecer teu rosto incerto.
Manda-me buscar se tens o dia
tão longo como a noite. Se é verdade
que sem mim só vês monotonia.
E se te lembras do brilho das marés
de alguns peixes rosados
numas águas
e dos meus pés molhados, manda-me dizer:
- É lua nova -
E revestida de luz te volto a ver.
Hilda Hilst
Imagem da net
Quando a lua brilha o universo sorri
ResponderEliminarbeijos
Muito bonito.
ResponderEliminarAdoro a poesia da alma, emanando sus essências e luares... Quantas vezes não quisemos dizer estas palavras e não soubemos nos expressar assim... Lindo!
ResponderEliminarObrigada querida amiga pelo carinho na minha ausência. Estou de volta, mas em doses homeopáticas! Beijão!
*
ResponderEliminarmetamorfoseando
,
para o poeta
a saudade não existe
nas inventadas viagens
canta só as nostalgias
dos queixumes mareantes
de rostos transfigurados
em insustentáveis hiatos
,
maresias nocturnas, deixo,
,
*