Trazia consigo a graça
das fontes quando anoitece.
Era um corpo como um rio
em sereno desafio
com as margens quando desce.
Andava como quem passa
sem ter tempo de parar.
Ervas nasciam dos passos,
cresciam troncos dos braços
quando os erguia no ar.
Sorria como quem dança.
E desfolhava ao dançar
o corpo, que lhe tremia
num ritmo que ele sabia
que os deuses devem usar.
E seguia o seu caminho,
porque era um deus que passava.
Alheio a tudo o que via,
enleado na melodia
duma flauta que tocava.
Eugénio de Andrade
Imagem de Lauri Blank
Perfeito! bjs
ResponderEliminarmenina.
ResponderEliminaruma boa escolha de um grande poeta.
a foto também.
beij
Belo texto.
ResponderEliminarParabéns pela escolha.
Adoro seu bom gosto.
beijos
Um belíssimo poema!
ResponderEliminarObrigada por trazê-lo, minha amiga...
Beijos de luz e o meu especial carinho!!!
Não sei explicar, me deu vontade de chorar, ando assim, sensível.
ResponderEliminarLindo dia minha flor querida
beijos
Boa noite Maripa. Ainda vim a tempo ou já dormes?
ResponderEliminarExcelente escolha!
ResponderEliminar:)beijinho*
*
ResponderEliminarsem ter tempo de parar,
,
quamdo sorvo,
eugénio andrade,
,
brisas de sal, envio-te
,
*
Hoje é mesmo só para deixar um beijo enorme atirado das "ramblas" até Coimbra.
ResponderEliminarQuando voltar vou ler-te com a atenção que mereces.
Beijinhos
Hasta ya!
Ricardo
Sei que é tarde , mas hoje atrasei-me pra valer. Mas não posso ir dormir sem vir aqui ouvir tua música e respirar Coimbra.
ResponderEliminarboa noite Maripa
As palavras de Eugénio de Andrade a trazerem " a graça das fontes quando anoitece". Magníficos poemas que nos enchem a alma.
ResponderEliminarObrigada, Maripa, por o trazeres aqui.
Um beijo.