Se eu não te amar mais me
Caia o mar nos ombros
Me caia
Este silêncio pelos ossos dentro
Me cegue os olhos esta sombra
Me cerre
Esta noite num escuro mais profundo
Do que a chuva de ti de mãos tão leves
A figueira do meu sangue se emudeça
De pássaros à espera dos teus passos
De outra voz por sobre a minha
Morta
E as ruas do teu corpo eu desaprenda
Como eu desaprendi os dedos que me tocam
E se eu não te amar mais me caia a casa
De costa no teu peito como o vento
António Lobo Antunes
Imagem da Net
conhecia este poema do Lobo Antunes do livrinho de cantigas.
ResponderEliminargosto.
beij
Conheço pouco da poesia de António Lobo Antunes. Gostei deste poema. Vou tentar ler mais.
ResponderEliminarUm beijo, Maripa.
Salvé Querida Maripa!
ResponderEliminarPeço perdão por ainda não te vindo agradecer a am´vel e sempre carinhosa visita, mas desde que o computador durante aqueles 15 dias avariou, fosse pelo servidor...ou whatever...nunca mais tive descanso. Os electrodomésticos "pifaram"; depois fiquei adoentada, mas já estou boa - talvez pela exaustão do trabalho que tive com o blog (novo) e post que dei por mim, sem dormir durante 2 noites e mal alimentada...mas como sou obstinada, lá consegui. Depois a minha mãe que já estava hospializada há 15 dias precisamente, tivemos de a internar uma casa de repouso, não porque não por mim, mas porque ela precisava e cuidados médicos, embora não esteja acamada. as pernas ao mínimo esforço rebentam e deitam água..parece uma torneira...nunca vi nada assim., e por vezes também perde a noção e começa a falar como se tivessem pessoas estranhas ali...mesmo com uma empregada, eu não dava conta do recado, maia a mais sem carro...
Como esteve deitada muito tempo lá o hospital sem se mexer, agora custa-lhe a andar...só em cadeira de rodas e a minha casa é relativamente pequena e sózinha não conseguiria deitá-la e tirá-la depois?! Olha Maripa tormento vê-la e pela impotência de querer fazer algo e não poder. Vai de certo acabar os dias num ambiente - embora razoável - mas não é o lar nem a família - eu e os 2 netos...agora já com o bisneto...pelo menos ainda o conheceu.
Por isso, tenho vindo ás prestações até aqui visitar os amigos queridos.
Quanto ao poema do Lobo Antunes acho-o muito bonito,embora ele tenha melhores, para o meu gosto.
Que o mar não me/nos traga mais emoções pelo menos destas...
E eu que sonhei que o mar estava a invadir-me a casa e eu senti que já não podia mais fugir?! curioso, não? - veja o que está a acontecer...
água, quer dizer sempre emoção e quando é mar...as coisas são bem mais fortes.
Deixo um beijo grande cheio de carinho e gratidão.
Sempre...
Mariz
ESPAVO!
...fabuloso!
ResponderEliminarEntre o luar e o crepúsculo, o sono e a lucidez, o silêncio do mundo e o barulho de ti, há uma voz muda que percorre a aridez do teu pensamento... Sentes?... É o Pio da Cotovia!
Lindíssimo!
ResponderEliminarEstou viajando hoje para aproveitar o feriado de carnaval.
Quando retornar venho lhe visitar!
Um beijo carinhoso
Um excelente momento aqui encontro, que me embalou...
ResponderEliminarPerfeito...
Saudações poéticas
Luis
tão lindo este amar eterno
ResponderEliminarbeijos de amizade
Querida Maripa, este poema dava uma música. O seu blogue não estará a fazer um aninho?
ResponderEliminarObrigada pelo beijinho que deixou nos universos quetionáveis, sinto que me entende. Estou a precisar de muita luz. Bom fim de semana.
beijinhos querida
Tal não vai acontecer... ;) *
ResponderEliminarNão conhecia, gostei.
ResponderEliminarBeijinho, bom fim-de-semana*
É lindo o poema. E este piano...Ah, quando eu não ouvir mais o outro piano cá em casa ! E falta tão pouco. Uma semana! Como será?
ResponderEliminarboa noite Maripa
Querida Maripa,
ResponderEliminarUm belo poema.
Muito bem escolhido!
Um beijo com muito carinho!
É sempre de sonho o silêncio pelos ossos dentro, que nos recupera António Lobo Antunes.
ResponderEliminarUm beijo amigo.
Sempre,
____ p.
*
ResponderEliminaramiga,
,
postar,
lobo antunes,
é sinónimo de inteligencia,
,
Esquecer uma mulher inteligente custa um número incalculável de mulheres estúpidas,
,
in-Lobo Antunes,
,
inteligentes conchinhas, deixo,
,
*
Neste encontro de palavras, levou-te o pensamento forte, para o mar de outros pensamentos.
ResponderEliminarPartilhar, significa também criar, inovar...oferecer!
Obrigado pelo dom. Beijinho.
O meu pensamento é gaivota
ResponderEliminarEntre as tempestades e as pedras negras
Meço o tempo pela chegada da Lua
Sou homem nu a que um deus dita regras
Boa semana
Bom carnaval
Doce beijo
Gosto do que o A. L. Antunes escreve, mas gostava de saber porque fala tanto de figueiras...
ResponderEliminarSerá trauma de infância?
Obrigado pela partilha, beijo.
Maravilhoso!!!!
ResponderEliminarlindos dias flor querida
beijos
muito bonito. não conhecia.
ResponderEliminarum beijo
Agradeço pela sua amabilidade deixada expressa no meu blog. Como não deveria de ser, devo deixar aqui a minha simpatia pelo contéudo no seu blog que me atraiu, como um ima atrai uma agulha, assim foi em relação ao seu blog. Desejo-lhe muitas felicidades.
ResponderEliminarSaudações amigáveis
Persida Silva