quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CONVITE



Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério.



A quatro mãos escrevendo este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.



Lya Luft


Imagem: Airi Pung

Publicada por MARIPA à(s) 23:10
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11 comentários:

  1. Eu26 de novembro de 2009 às 11:19

    Adoro a Lya Luft,ela assim como você, consegue dar vida as palavras que expressam os sentimentos latentes na alma.

    Um beijo carinhoso

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  2. Mona Lisa26 de novembro de 2009 às 21:13

    Olá Maripa

    A incerteza de quem somos, mas a certeza de que um certo mistério nos envolve.

    Bjs com carinho.

    Lisa

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  3. mundo azul27 de novembro de 2009 às 16:42

    _________________________________


    Eu já conhecia esse poema de Lya Luft! Acho lindo e pleno de significado...

    Obrigada, querida poetisa, pelo presente!!!

    Beijos de luz e o meu carinho MUITO ESPECIAL!

    ________________________________

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  4. Pitanga Doce28 de novembro de 2009 às 00:40

    Querida amiga eu já nem sei se o destino é mesmo para ser levado a à sério! Ele nos prega cada partida!

    beijos e precisávamos (agora mais que nunca) de outra tarde como aquela. O mundo continua azul!

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  5. vieira calado28 de novembro de 2009 às 02:26

    Achei interessante, este poema.

    Beijinho

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  6. © Piedade Araújo Sol (Pity)28 de novembro de 2009 às 16:51

    um poema bem escolhido assim como a foto.

    bom fim de semana!

    beij

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  7. Claudinha ੴ28 de novembro de 2009 às 23:10

    Olá amiga!
    É bom ser ouvido de ouvir, olho de olhar.Nas pequenas coisas somos grandes. Lia estava inspiradíssima quando o escreveu e você escolheu muito bem!
    Um beijo!

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  8. . intemporal .29 de novembro de 2009 às 10:15

    . nem sempre . porque ora somos construção . ora somos des.moronamento . de re.construção . na passagem dos dias .

    . um beijo meu, Maripa .

    . um bom Domingo .





    . paulo .

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  9. Unknown29 de novembro de 2009 às 23:32

    "o meu destino e eu.
    Nem sempre estamos afinados,
    nem sempre nos levamos
    a sério."

    Não será precisamente porque a maioria de nós não está afinado com o seu destino que nos perdemos de nós próprios??

    Lindo este poema que escolheste para postar.

    Bjinhos :-)

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  10. viviane3 de dezembro de 2009 às 13:14

    Maripa,

    Cada imagem, cada poesia em seu blog é um encanto.

    Não sei se porque o mar também me atrai muito, mas o seu blog é particularmente prazeroso a minha alma!

    Aproveito para sugerir que visite o blog http://fotoinscena.blogspot.com/

    Um grande abraço,

    Viviane

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  11. poetaeusou . . .3 de dezembro de 2009 às 15:07

    *
    sou
    o convite explanado . . .
    ,
    brisas serenas,
    ,
    *

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.

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