Sobrevive-se a tudo
ou quase tudo,
ao vento assobiando nos ciprestes,
à tempestade aquartelada
nos teus olhos,
às indecisões do teu corpo.
Tudo,
ou quase tudo,
apenas à queda da magnólia,
não.
Nunca nenhuma flor
sobreviveu.
Alexandra Malheiro
Imagem: Malena