Chegam do mar ecos de sons musicais
- quais lamentos tristes e dolentes -
que se apoderam da inquietude da noite
saturada de sombras, luar e água.
As gaivotas, pressentidos os sinais
da turbulência das marés,
faz tempo que fizeram poiso
faz tempo que fizeram poiso
em longínquos poentes.
Dentro de mim
há janelas embaciadas
a refletir imagens turvas.
Dentro de mim
o pen[s]ar é infinito
e pretérito imperfeito
de tantas arritmias desequilibradas.
a refletir imagens turvas.
Dentro de mim
o pen[s]ar é infinito
e pretérito imperfeito
de tantas arritmias desequilibradas.
Mas sei que os sons
que chegam do mar
me vão humedecendo a alma
me vão acalmando os ventos
me vão fazer evadir
e talvez regressar.
Talvez...
e talvez regressar.
Talvez...
Maripa
Imagens: Google