Ricardo Fernandes Ortega
Fosse eu vento para dar pressa ao veleiro
mesmo que em navegação perigosa.
Fosse eu paleta coroada de luz do sol
para recuperar a cor perdida da palavra em flor.
Fosse eu eternamente noite para respirar o teu sono
e eternamente manhã para te ver orvalho
soletrando um lírio branco.
Fosse eu sereia para te prender ao mar
e num só instante ler
um poema de ternura no teu olhar.
Rita Carrapato