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É noite. A porta fechou-se com o vento.
Lá fora as folhas das árvores
arrepiadas de frio
estremeceram.
Ouço os pássaros em murmúrios tristes.
A chuva da tarde silenciou-os
e perdido o canto
emudeceram.
Entristeço com eles. A sua dor colou-se
à minha dor, as minhas saudades
às suas. Assim unidos
adormecemos.
Agora sem sombra de vento ou chuva
nasce o sol, há pássaros a chilrear
e flores humedecidas.
Despertamos
para mais um dia sem mar...
Maripa
Imagens: Pinterest
Em sentido literal ou figurado, ter o mar por perto pode ser importante, principalmente a quem está habituado a vê-lo com frequência.
ResponderEliminarUm magnífico poema, gostei muito.
Tem um bom fim de semana, querida amiga Maripa.
Beijo.
O mar faz-me imensa falta. Vê-lo, escutá-lo, falar-lhe, serenavam-me... o cheiro a maresia, as ondas e a água salgada em mim revigoravam-me...
EliminarHoje, o " meu tempo" impõe-me limites e as saudades aumentam. Há que compreender, a vida é feita para [a]mar...
Grata, querido e amigo Nilson, pelas tuas sempre gentis palavras.
Abraço-te com carinho.
Voltei para ver se havia novidades no teu mar...
EliminarAproveito para te desejar um bom fim de semana, querida amiga Maripa.
Beijo-te, também com carinho.
o poema está muito bonito.
ResponderEliminare não fique triste, logo, logo o tempo estará mais ameno, para a deixar ir ver o mar.
um beijinho
:)
És sempre uma querida, Pi! As tuas palavras, assim como as do Nilson, são sempre generosas e gentis e por isso tenho que estar sempre agradecida.
ResponderEliminarO tempo vai melhorar, estamos a caminhar para a primavera!
Mas o "meu tempo", que já é demais, já não me deixa fazer o que eu quero :) :) E eu não estou triste, só estou saudosa...
Beijinhos,minha doce!
Querida Poetisa.........lendo-te percebo que tens um passado doce e um a¢ucareiro nas maos..
ResponderEliminarum beijo
Bem hajas, querida Margoh, pela tua visita, fiquei sensibilizada!
ResponderEliminarPassado um pouco agridoce ....quanto ao açucareiro tento trazê-lo quase cheio [ sou gulosa demais], mas vou polvilhando
q.b. :)
Beijo carinhoso
como te entendo Maripa!
ResponderEliminartambém me é imprescindível, o Mar!
o cheiro, o murmúrio das ondas, o movimento do seu corpo
a energia que me dá, os sonhos que me trás.
também estou sem Mar, então... desço até ao Tejo :))), o meu Rio :))
gosto de te ler.
o teu dizer e a tua sensibilidade são notáveis.
emocionou-me o mimo que me deixaste, obrigada:
as rosas eram linnnndas, chamei o Vento e pedi-lhe que apagasse as velas, como ele só sabe soprar e eu gosto de mordiscar, pedi um desejo e trinquei-as eu... ;))
o bolo estava delicioso; quem fez, foste tu?! ;)
beijo, Maripa, foste muito querida.
obrigada.
Eu também tenho o meu Mondego, o meu Rio:)) até nasci mesmo à beirinha dele e daí talvez eu gostar tanto de Mar... Sei que o meu caminho [que já é bastante longo), a minha foz precisa da maresia, do vai e vem das ondas... de tudo o que dizes e das lembranças que me trás. Saudades.
ResponderEliminarNão tens que agradecer nada.Fico feliz por teres gostado do bolo! Sim, fui eu que fiz e pus os enfeites: as velas e um coração :)) Espero que o desejo que pediste se realize rápido.
Beijinho, Vento! [apetece-me chamar-te Brisa, posso?]
ahhh!!! gosto desse som que estou a ouvir de Rodrigo Leão, gosto, gosto muito.
ResponderEliminaro acordeão trás-me sempre uma saudade que não sei explicar, não sei explicar de quê, assim como, como qualquer coisa, qualquer coisa de Vida, melancolia boa.
sabes, também nasci quase na beirinha do Tejo e a olhá-lo fiz a minha infância, a namorá-lo fiz a minha adolescência, atirei-lhe versos e confidências lá de cima, do planalto de Santarém, é por isso que costumo dizer que nasci sujíssima de Terra, rebelde e livre como ele quando se zanga no Inverno :))
;)) é claríssimo que eu sou mais vento que brisa [assim rezam as crónicas...], e se me chamas Brisa, soa-me a elogio bom e cheio de carinho.
podes chamar-me como te apetecer, Maripa, da forma como me vês, como me adivinhas.
que o teu caminho seja longamente feliz :)
beijinho meu.
Maripa,
ResponderEliminar"Mais um dia sem mar" - também a mim, faz tanta falta a presença desse senhor majestoso, dono das vontades e capaz de tanta doçura, como de um tão grande mau feitio que assusta.
Mas por agora ainda é tempo de abrir portas à luz e ao ar quente que nos vem beijar a pele morena. Os pássaros cantam com alegria e as andorinhas ainda não foram embora, pelo menos não as minhas!
Vamos, então, permitir-nos o sorriso.
um bj amg