Há muito,
no longínquo horizonte do tempo
cresceram árvores numa floresta.
Árvores de corações silenciosos
puros
leves
alados, a voar com o vento.
Um paraíso,
único rumo de sonhos imaginados
de cores a desenhar mil arco-íris
e sons vestidos de tranquilidades
ímpares,
gentis
sabores a beijos roubados.
No hoje,
aniquilados os corações das árvores
as manhãs são de alvores cinzentos
de passos apressados e inquietudes
no olhar no rosto no riso da gente.
Duvida-se e teme-se o dia anunciado,
aberto a uma imensa sombra secreta
mas autêntica neste mundo diferente.
Mundo dilacerado que ambicionamos
Mundo dilacerado que ambicionamos
com sol para todos, céu mar azul
plenitude de bem por nós abraçado.
Maripa
Imagens: Carol Cavalaris
Olá Maripa,
ResponderEliminarHoje as manhãs acordam cinzentas, é verdade.
A incerteza senta à mesa com as gentes e o medo lhes acompanha os passos desconcertados.
Onde andarão as árvores de corações puros e leves?
Lindo seu poema que reflete a vida de agora, Maripa.
Bjn amg
Boa pergunta, querida Carmem...
EliminarTenho esperança que, algures, não sei bem onde nem quando, elas renascerão. Será preciso que o Amor incondicional supere os muitos"adubos" que se "vendem" por aí ...
Beijinho amigo.
um poema muito bem construído falando no principio das coisas e no seu trajecto.
ResponderEliminarpodemos interpretar de muita maneira, eu interpretei à minha onde o principio é a vida e o presente é uma espécie de realidade impregnada de desalento no tempo presente.
gostei!
beijo amigo
:)
Foi isso mesmo que tentei, á minha maneira, transmitir..
EliminarHá tanto desalento no tempo presente! Preocupo-me, pelos jovens sem horizontes, pelos que não têm meios de sobrevivência, por todos....seria uma lista tão grande que não caberia neste pequeno espaço.
Sei que não podemos perder a fé nem a esperança de que,em breve, o sol seja para todos.
Beijinho, querida Pi.