Quando me arrisco a escrever
pequenas ideias são sementes.
A imaginação avisa e dispara
e sem permissão ou consentimento
o pensamento em breve se baralha.
Invento para hoje um veleiro
velas inchadas ao vento
ondas temperadas de sal
onde eu,
marinheira de águas paradas
vou aportar a ilhas prateadas.
Logo logo, a mente tagarela
salta para os dias espaçosos.
As manhãs têm pássaros verdes
as tardes são de mel de morangos
e do néctar dos deuses gulosos.
Apetece mesmo assentar aqui,
mas não... a mente nunca se cala.
As ideias não são nada tolerantes
a etapas a paragens a demoras.
A noite desabrocha sem estrelas.
A sombra alada dos pensamentos
que não têm por hábito dormir
idealiza enigmas para a noite fria.
E quando as perguntas sem resposta
se lembram de me arruinar as horas
a folha em branco permanece vazia...
Maripa
Maripa, é um belo poema que descreve a dor e a delícia de ser poeta. Um beijo.
ResponderEliminarQuando o sono foge de mim, distraio-me com as palavras.
EliminarAgradeço as suas, Andrea, com um beijinho amigo.
a folha em branco ficou recheada de um belo poema.
ResponderEliminarmuito bem Maripa!
beijinho amigo
:)
Há quanto tempo me ofereces palavras recheadas de ternura?
EliminarBeijinho amigo, querida Pi.
Na folha branca navega agora o veleiro do poeta...
ResponderEliminarUm beijo.
Com o seu generoso apoio o veleiro vai navegando devagarzinho...
EliminarAgradeço-o com um beijo amigo.
Olá, Maripa.
ResponderEliminarE o veleiro navega impulsionado por essa mente que nunca se cala e enche a folha em branco de poesia ;)
Lindo.
bjn amg
Olá, querida Carmem.
EliminarO meu veleiro navega como o tempo... uns dias com sol outros com chuva. Muitas vezes o nevoeiro, descontrola-me ;)
Beijinho amigo.
Amiga Maripa:
ResponderEliminarUma imaginação tão fértil e talentosa como a sua decerto não deixa nenhuma página em branco.
Que navegue sempre por essas águas inspiradoras.
Beijinho e bom fim de semana
Fê
Olá Fê,minha amiga .
EliminarAs águas por aqui andam um pouco ferrugentas... sabe, com tanta chuva e um friozinho que vai e volta, acostar é o remédio...
Beijinho e boa semana.
"A mente nunca se cala" - isso lá é verdade! E que bom fosse só de poesia, rimas, e nao de dúvidas deixadas em branco.
ResponderEliminarMuito fofo seu poema!
Bom domingo, Maripa!
Olá, Cris,pois...as mentes são umas tagarelas... devíamos ter uns interruptores para as fechar. Seria uma boa invenção.
ResponderEliminarPelo menos para mim dava-me jeito...
Beijinho amigo e boa semana!
Querida Maripa
ResponderEliminarCheguei a este belo poema, onde o desassossego do poeta, síndrome da folha em branco, foi altamente superado.
É a partir de pequenas sementes, que nasce e cresce todo o processo criativo da poesia. Depois é só entregar-se ao sonho e voar com os pássaros por essas Avenidas nocturnas que teimam em espantar o sono....
Beijinho carinhoso
A sua presença é-me sempre tão querida, Cristina!
EliminarAs suas palavras têm o dom de me deixar enternecida, de me deixar a pensar que me compreende e lê por dentro...
Bem haja pela afabilidade com que "fala" comigo.
Beijinho amigo.