Com os olhos fitos lá longe
vejo pessoas envoltas em nevoeiro.
Enleadas umas nas outras evocam
momentos de um tempo que se foi.
Deixaram de ter cor, mas são seres-raízes
que me prendem à terra e mesmo sem voz
me conduzem a dias que foram felizes.
Estendo os braços,
procuro tocar-lhe os rostos pálidos,
mas há dor no silêncio de tantas luas.
Sustenho o grito sufocado na garganta.
Há pontes a impedir o toque, os abraços,
entraves a isolar as minhas mãos tão nuas.
Deambulo sem pressa de chegar a algum lugar.
Poderei amanhecer sem sombras,
onde quer que seja o meu refúgio,
se uma gaivota me mostrar o mar?
Maripa
Imagens: GOOGLE
"Poderei amanhecer sem sombras,
ResponderEliminarem qualquer refúgio junto ao mar,
se gaivotas me guiarem até ao mar?"
Tão belo, Maripa!
Que o Ano Novo lhe traga a concretização de muitos sonhos.
Um beijo.
Querida amiga, desejo sinceramente que amanhã uma gaivota a acorde, e o mar que ela lhe oferece leve de vez essas sombras.
ResponderEliminarUm grande beijinho
Fê
Querida Maripa.
ResponderEliminar"amanhecer sem sombras" - desejo calado de tantos corações ensombrados.
Sigamos a gaivota e tenhas esperança, ainda que ténue, Maripa.
bjn amg