sei
que nunca viste o oceano,
sei
que nunca olhaste a onda sobre a onda,
que
nunca fizeste castelos para o mar ser forte.
mas
sei que já viste o coração das coisas,
que
já tocaste a ferida nos nossos braços,
que
já escreveste para sempre o nome da terra.
por
isso te digo que vou levar-te o mar
na
concha das minhas mãos, azulíssimo,
para
que nele descubras o meu nome
entre
os seixos os búzios os rostos que já tive.
Vasco
Gato
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