Se eu tivesse que escolher uma cor para as tuas
palavras seria o cinza.
Não pelo negrume da tristeza. Bonito, esse teu
negrume, sabias?
Seria pela calma. É isso. Pela calma que me trazes
às margens das manhãs ou das tardes.
Conforme a inclinação do sol.
As tuas palavras só não têm a cor branca porque
não as descobriria nesta folha.
Mas são brancos, esses bordados de luz que te
escorrem entre os dedos.
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