Não
importa
O
tempo sem tempo da espera.
O
tempo de derramar
flores
para ondear
nas
águas.
Não
importa.
Pétalas
hão de cair dos mastros
da
caravela onde hei de dormir
um
sono-sonho despido de mágoas.
Importa
sim,
que
mar adentro,
dentro
dos teus olhos,
afogue
os meus num sonho branco.
Sono-sonho,
isento de pecado,
mar
de devaneios inocentes
onde
mergulhe
e
floresça em espuma.
Sono-sonho,
praia
bordada de amores perfeitos
onde
a maresia nos perfuma.
Não
importa.
Dentro
dos teus olhos
navegarei
mar adentro...
Maripa
[escrito e publicado faz tempo...]
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