sexta-feira, 5 de novembro de 2021

ASTRONOMIA



ASTRONOMIA

 

Vou buscar uma das estrelas que caiu

do céu, esta noite. Ficou presa a um

ramo de árvore, mas só ela brilha,

único fruto luminoso do verão passado.

 

Ponho-a num frasco, para não se

oxidar; e vejo-a apagar-se, contra

o vidro, à medida que o dia se

aproxima, e o mundo desperta da noite.

 

Não se pode guardar uma estrela. O

seu lugar é no meio de constelações

e nuvens, onde o sonho a protege.

 

Por isso, tirei a estrela do frasco e

meti-a no poema, onde voltou a brilhar,

no meio de palavras, de versos, de imagens.

 

Nuno Júdice, O Breve Sentimento do Eterno



Alexandra Whittingham - Um dia de noviembre 

Imagem e vídeo: Google


5 comentários:

  1. E como brilha bem a estrela no poema de Nuno Júdice e aqui neste seu espaço, minha Amiga.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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    1. Minha boa Amiga, gosto de ler Nuno Júdice e achei que a sua estrela iria atrair algumas mais para o seu brilho dar mais luz a quem dela tanto necessita.

      Muita saúde e tudo de bom, sempre.
      Um abraço amigo.

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  2. Obrigado, pela visita e pelas palavras.

    Um abraço.

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  3. Boa noite de paz, querida amiga Maripa!
    Muito lindo o poema do Nuno.
    Tem coisas que cabem perfeitamente em seu habitat ou num belo poema.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos ternos de paz e bem

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    1. Boa noite, amiga Roselia!

      Também gostei muito deste poema. As estrelas são fontes de luz... precisamos tanto de Luz, dentro e fora de nós.

      Que os seus dias sejam de Luz e Paz.
      Um abraço com muito carinho.

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” disse Antoine de Saint-Exupéry.

Grata pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dar-me um pouco do seu tempo, deixando um pouco de si através da sua mensagem.