Tudo me prende à terra onde me dei:
o rio subitamente adolescente,
a luz tropeçando nas esquinas,
as areias onde ardi impaciente.
Tudo me prende do mesmo triste amor
que há em saber que a vida pouco dura
e nela ponho a esperança e o calor
de uns dedos com um resto de ternura.
Dizem que há outros céus e outras luas
e outros olhos densos de alegria,
mas eu sou destas casas, destas ruas,
deste amor a escorrer melancolia.
Eugénio de Andrade
Imagens: Francine van Hove
Sem palavras perante este poema de Eugénio de Andrade que me diz tanto.
ResponderEliminarUm beijo.
É belo, todo ele me envolve de ternura.
EliminarBeijinho amigo, minha querida.
o grande Eugénio de Andrade, no seu melhor.
ResponderEliminaruma boa escolha!
bom domingo e
beijinho
:)
Dizes bem,o grande Eugénio de Andrade, um dos meus poetas preferidos.
EliminarBeijinho e boa semana, querida Pi.