Lembro sinais
do tempo em que
tudo era mais próximo
tudo era mais pequeno.
Era
tudo aqui junto a mim
encostado no meu colo
ligado às minhas mãos.
Colhia as maçãs
dos braços das macieiras
ao mesmo tempo que
perto do chão os morangos
exibiam o sabor de cada dia.
Era afortunada e não sabia.
Tudo era mais próximo
tudo era mais pequeno.
Não sabia do longe que existia
... do perto guardava em mim
a cor a luz a serenidade
duma esplendorosa harmonia.
Maripa
Maripa´
ResponderEliminarmesmo com essa saudade que sente, é uma serenidade e uma ternura que coloca nas suas palavras.
enternecida....fiquei!
boa semana.
beijo
:)
Olá, Pi
EliminarA saudade e eu já somos, quase, uma só... Sinto-me serena, apesar dos pesares, e talvez isso seja o suficiente para as palavras serem serenas também.
Beijinho amigo,querida.
E boa semana ! :)
Olá, Maripa.
ResponderEliminarNão posso deixar de elogiar as pinturas, mas a primeira é de belíssima arte.
Seu poema me trouxe o meu próprio "tempo", em que tinha tudo junto a mim e aconchegado no meu colo. Ah, o nosso colo, quando deixa de ter finalidade na vida, é como se um pedaço de nós ficasse aqui a mais, como prateleira vazia, sem serventia.
Até o cheiro das maçãs e dos morangos parecia outro, nesse "tempo", que já não é nosso.
bjn amg
Olá, Carmem.
ResponderEliminarAté apetece comer as maçãs... Realmente é uma bela pintura.
Os nossos "tempos", cada um em seu "degrau" [ bem distanciados no tempo real] deixam sempre a sua marca. Mas, tem toda a razão,aquele colo aconchegado faz imensa falta.
Mas as palavras e o saber que a Carmem sabe tão bem transmitir são valiosas! São de todos os tempos!
Eu fico mais rica sempre que a leio.
Beijinho amigo, querida.
Lembrar o tempo em que o tempo passava devagar. Tão belo o poema e as pinturas...
ResponderEliminarBeijo
Olá, Graça.
EliminarNeste meu tempo que se estende [e devo dar Graças] cada vez mais tenho recordações do passado.
Posso dizer-lhe que fico feliz quando recebo a sua visita?
Bem haja.Beijinho amigo.
Comentei mas não sei se ficou, portanto vou tentar repetir e depois a minha amiga faz o favor de anular se estiver em duplicado.
ResponderEliminarSó apreciamos o valor das "coisas" quando eles estão longe do nosso alcance.
Fica a serenidade das suas belas palavras e a memória desses momentos no coração.
Tudo tão belo, obrigada!
Um beijinho com carinho
Fê
Olá, Fê.
ResponderEliminarÉ bem verdade o que diz. No momento em que acontecem
nem lhes damos o real valor...
Com o passar dos anos as memórias que guardo dentro vêm ao de cima.
Resta-me um pingo de serenidade e muitos de saudade...
Grata pelas palavras carinhosas.
Beijinho amigo,querida.
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