Naquele livro,
em cada página um rio de palavras
abertas em flor
deslizava para o mar.
Nuvens ondeavam no céu tingido
de azul-sossego
enquanto
o silêncio e o perfume das letras,
amarradas uma a uma
entre margens,
precisavam de asas
para serem livres como borboletas.
Entre as folhas repousavam
um coração de papel, um trevo da sorte,
uma fita de seda, uma rosa ressequida.
Migalhas de tempos de mel.
Agora
na fluidez dos tempos líquidos e efémeros,
desorientados, medos brancos, medos negros
deixam voar palavras abertas em flor...
É um agora sem brilho
onde medos negros sobressaltam corações
onde medos negros sobressaltam corações
esgotados por ventos a soprar sem norte.
um trevo da sorte, para si Maripa
ResponderEliminarOlá Manuela
EliminarAgradeço e retribuo com muito carinho as quatro folhas do trevo: esperança, fé, amor e sorte...
Beijinho amigo.
Saúde e sorte
Olá! Que lindo voo de letras, entre as asas das borboletas! abraços
ResponderEliminarhttp://ives-minhasideias.blogspot.com.br/
Olá, Ives!
EliminarBem haja pelas palavras gentis e pela sua visita surpresa!
Abraços :)
Olá, Maripa,
ResponderEliminarTão bem que descreve essa senhora que amarra as letras e veste-se de flor, a palavra. Lindo poema. Linda poeta.
Cada poeta carrega aos ombros suas dores e usa da palavra para escondê-las, para purgá-las e, consoante seu estado de alma, até para brincar com elas. E, se à-vontade com a palavra, até finge que finge suas dores para experimentar novos sabores...
Obrigada pelo carinho, Maripa. E obrigada por nos trazer sua poesia.
bjn amg
Olá, querida Carmem!
EliminarSinto-me tão mimada por si que nem sei como responder à amabilidade das suas palavras. Sei que sente tudo intensamente e, para mim, o que escreve são sempre flores...
O carinho por si está-me dentro, não me agradeça.
Beijinho muito amigo.
Maripa
ResponderEliminarum poema tão dócil e a delicadeza das palavras escritas com carinho e sabedoria.
notei um pouquinho de tristeza, quero ler o próximo com uma paleta de cores.
um bom fim de semana.
beijinho amigo
:)
Boa noite, Pi
EliminarNeste meu tempo de agora há sempre há sempre aquele pouquinho muito de nostalgia...
No tempo em que vivemos há tanto desânimo na gente nova, que não há modo de não nos sentirmos contagiados
Amanhã o mundo será melhor, assim o espero.
Beijinhos, minha doce.
Amiga Maripa, que poema lindo, mas tão triste.
ResponderEliminarUm livro que decerto lhe despertou tantas recordações.
Um beijinho e boa semana
Fê
Boa noite, Fê
EliminarLivro de vida onde as recordações ficam gravadas para sempre.
A vida incerta de hoje entristece-me, não a minha que já é longa, mas de tantos a quem não é permitido viver dignamente.
Bem haja e beijinho amigo, querida.
Um belo poema, Marita.
ResponderEliminarContinua a guardar "entre as folhas
um coração de papel, um trevo da sorte,
uma fita de seda, uma rosa ressequida.
Migalhas de tempos de mel" ... Gostei.
Beijo.
Boa noite, Graça
ResponderEliminarVou tentar guardar comigo essas lembranças de tempos de mel...
Bem haja pelo seu olhar amigo.
Beijinho.