do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Álem Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
e não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
é ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
e dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
Parabéns pela sua sensibilidade e por saber nos fazer senti-la.
ResponderEliminarAbraços desde Brasil