Há noites que são feitas dos meus braços
e um silêncio comum às violetas
e há sete luas que são sete traços
de sete noites que nunca foram feitas.
Há noites que levamos à cintura
como um cinto de grandes borboletas.
E um risco a sangue na nossa carne escura
duma espada à bainha de um cometa.
Há noites que nos deixam para trás
enrolados no nosso desencanto
e cisnes brancos que só são iguais
à mais longínqua onda de seu canto.
Há noites que nos levam para onde
o fantasma de nós fica mais perto:
e é sempre a nossa voz que nos responde
e só o nosso nome estava certo.
Natália Correia
Imagem: Daniel Merriam
Que poesia mais linda!
ResponderEliminarFlui com tanta leveza que encanta!
Um beijo com meu carinho
É lindo! "Um silêncio comum às violetas"? Não tinha lido nada igual.
ResponderEliminarbeijos minha amiga e espero poder fazer as noites. Se não sete, pelo menos algumas.
Olá Maripa
ResponderEliminarSoberba escolha! Obrigada pela partilha.
Há noites e noites...uma verdade!
Bjs.
Ah... estas luas todas e estes luares, que poesia linda! Um beijo!
ResponderEliminarAh... estas luas todas e estes luares, que poesia linda! Um beijo!
ResponderEliminarAh... estas luas todas e estes luares, que poesia linda! Um beijo!
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